Presidente da ASPATRÊS, Airan Afonso, organiza feira irregular em Três Lagoas

Juvenal Moreira Nov 23, 2024 233 0

Presidente da ASPATRÊS, Airan Afonso (Foto Reprodução)

O presidente da Associação dos Produtores Agroecológicos de Três Lagoas (ASPATRÊS), Airan Afonso, está no centro de uma grande polêmica envolvendo o uso irregular de áreas públicas e a organização de eventos sem autorização. Documentos mostram que a gestão de Airan está marcada por desrespeito às leis municipais, colocando em risco tanto os produtores quanto a comunidade de Três Lagoas.

Sob o comando de Airan, a ASPATRÊS tentou realizar uma feira agroecológica no lote 191 do Cinturão Verde, uma área que pertence ao município e que nunca foi cedida ou doada à associação.

De acordo com uma notificação emitida pela Procuradoria-Geral do Município na data de 19 de novembro de 2024, a ocupação desse espaço sem autorização é completamente ilegal. A lei é clara: invadir terrenos públicos sem permissão é crime, e isso pode render multas e até penas mais graves.

Além disso, um documento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico aponta diversas infrações, como usar vias públicas para fins comerciais e estacionar veículos em locais inadequados. Mesmo com todas essas restrições, a feira foi anunciada e planejada sem nenhum cuidado com as exigências legais.

Notificação emitida pela Procuradoria-Geral do Município sobre o uso espaço sem autorização (Foto Reprodução)

O que chama atenção é a insistência de Airan em seguir com a organização do evento mesmo sabendo que não havia autorização. Isso mostra um total desrespeito com os produtores que acreditaram no evento, que confia em associações como a ASPATRÊS para promover iniciativas corretas e transparentes. Além disso, a falta de estrutura e fiscalização coloca em risco a segurança dos consumidores e dos próprios produtores, que podem sofrer as consequências dessas irregularidades.

A atitude de Airan Afonso prejudica a imagem da ASPATRÊS, que deveria ser um exemplo de organização e compromisso com a agricultura sustentável. Em vez disso, a associação virou sinônimo de desordem e descaso. Os produtores que dependem da entidade acabam sendo prejudicados, já que a má gestão e as irregularidades afastam o apoio da comunidade e dificultam parcerias com o poder público.

A organização de eventos como a feira agroecológica deveria ser um momento de fortalecimento para os produtores, mas, na prática, virou motivo de conflito. E o mais grave: essas atitudes acabam desvalorizando o trabalho de quem realmente está comprometido com a agroecologia e a produção sustentável.

Os associados da ASPATRÊS precisam refletir sobre a liderança de Airan Afonso. Será que ele realmente está defendendo os interesses da associação ou está mais preocupado em impor sua vontade, mesmo que isso signifique desrespeitar leis e colocar a entidade em situações constrangedoras?

Se a ASPATRÊS quiser recuperar sua credibilidade é fundamental que a associação passe a seguir as regras e busque construir uma relação mais transparente com o Poder Público. Sem isso, os produtores continuarão sendo prejudicados, e a associação correrá o risco de perder sua importância para a comunidade.

Notificação feita pela Prefeitura de Três Lagoas pela invasão de local público em desfavor da ASPATRÊS (Foto Reprodução)

Em resumo, a gestão de Airan Afonso não está à altura do que a ASPATRÊS - Associação dos Produtores Agroecológicos de Três Lagoas representa. O futuro da associação depende de mudanças urgentes para garantir que ela volte a ser uma entidade séria e comprometida com os interesses de seus membros e da população de Três Lagoas.

O Jornal Raio - X Três Lagoas deixa o espaço aberto para o presidente da ASPATRÊS se manifestar sobre os motivos para realizar um evento em local irregular.